Ensino Fundamental- anos iniciais

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

ÉTICA, MORAL, EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE HUMANA: a relevância da formação humana no contexto educacional à plena vivência social

Tarefa: Atividade V. Texto individual. Maria Rosa Oliveira de Jesus.
 Mat. 10. 2. 9780.


ÉTICA, MORAL, EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE HUMANA: a relevância da formação humana no contexto educacional à plena vivência social

Maria Rosa Oliveira de Jesus *
Maria Vane *
Nádia Cristina de O. Xavier *
Rosângela Teodoro *

Resumo
O presente artigo discute a relação de inerência entre a formação da ética e da moral no contexto da educação escolar, ressaltando a importância da reflexão sobre a diversidade humana enquanto meio de prevenção da discriminação de toda e qualquer espécie. Embasa-se em diversos autores, principalmente de Moreira e Ferreira (s/d) cuja discussão centra-se na relevância da ética no contexto educacional, no texto de Carneiro (s/d) que foca a ética nas relações de interação e de existência social e no artigo de Gislene Santos, “Ética e Educação”, o qual foi explorado no curso “Programa Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na sociedade”.Também se alicerça em Freire (1996) e em Pereira (2009). Nas considerações finais as autoras expõem a opinião do grupo quanto à temática.
Palavras chaves: ética e moral; educação; diversidade humana e racismo.

A ética e a moral se relacionam intimamente à educação formal e/ou informal. Sendo o homem sujeito sócio cultural, vai se formando progressivamente e sua aprendizagem é sempre inacabada. A consciência moral, para dar significação positiva à convivência social, deve se pautar na conduta ética.
No artigo “Abordagem Ética e da Concepção Sócio-Histórica na Educação” Leila M. Moreira e Suelaine C. Ferreira defendem a ética enquanto um dos fundamentos norteadores do processo educacional, ressaltando a sentido da ação humanizadora da educação. Moreira é assistente social e Ferreira enfermeira, sendo ambas discentes no Curso de Especialização em Docência na Educação Superior da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Já a obra de Gislene Santos “Ética e Educação”, explorada no curso “PROGRAMA ÉTICA E CIDADANIA construindo valores na escola e na sociedade” aborda a importância da educação à cidadania, as questões legais veiculadas, sobretudo na LDB (Lei de Diretrizes e Base) e o histórico dessa concepção de ensino e suas raízes filosóficas, e ressalta principalmente Sócrates e Platão. Para Santos (p.01) os programas educacionais relativos:

[...] pressupõe a crença na tolerância, a marca do bom senso, da razão e da civilidade que faz com que os homens possam se relacionar entre si. Pressupõe, também a crença na possibilidade de formar este homem, ensinando a tolerância e a civilidade dentro do espaço e do tempo da escola.
 
Ela ressalta a valorização do ensino pautado no desenvolvimento de virtude vendo nessa a mais alta forma de conhecimento. Segundo a autora (p.05) “Transformar a escola em um espaço efetivamente plural seria uma das formas mais eficazes de uma educação ética ou para a ética, porque permitira a expressão das diferenças num espaço público de modo a incorporar todos os valores sem hierarquiza-los”.
Defendendo um ensino emancipador Santos, afirma (p. 06) que a escola precisa ser vinculada ao mundo da ética, e que isso “[...] se constrói através da livre expressão de ideias e projetos no espaço das cidades e da cidadania, uma educação ética também implicaria a formação de cidadãos através do livre exercício da atividade política ou a ampliação de espaços públicos de manifestação das diferenças. A educação para a ética, a seu ver, pressupõe a construção de sociedades verdadeiramente democráticas, então, propõe a recuperação da sabedoria advinda da tradição filosófica “[...] a ética se ensina permitindo o convívio entre os diferentes nos diferentes espaços públicos nos quais se possam expressar os valores e construir o bem comum”. (SANTOS, p. 07).
Para Moreira e Ferreira (2008) a educação é um processo de formação pessoal ou aperfeiçoamento das capacidades individuais. E afirmam (p.04) “[...] na concepção histórico-social a educação, como todo processo social, é um ato coletivo. [...] ninguém ensina ninguém, os homens aprendem e ensinam juntos”. E destacam o significado de ética e de moral possuem definições distintas, porém, no cotidiano, ambas são vivenciados e fazem parte da conduta humana. Pelo aprendizado dessas normas na educação, no estudo e na vida prática o homem se desenvolver como indivíduo. Ressaltam que:

[...] no contexto sócio-histórico, a origem das mazelas sociais se dá [...] na divisão de classes [...] os críticos marxistas do sistema educacional já apontavam como a escola reproduz uma ética que é a ética burguesa individualista. Conceituam a ética como princípios e valores morais que regem a sociedade. [...] É uma derivação do ethos, está contido o modo de ser da pessoa, seu caráter. É concebida historicamente como senso democrático e de justiça social. Na educação, o termo ganha uma dimensão do fazer plural para que o indivíduo alcance o vir-a-ser. (MOREIRA e FERREIRA, s/d, p.05).

Tais conceitos levam o homem a agir de acordo com as normas, tradição, costumes, hábitos e a prática da cultura adquirida, gerando concepções de certo ou errado, conforme seu meio social. Citam a definição de ética e de moral do dicionário de Língua Portuguesa Aurélio “[...] o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto” e ”[...] conjunto de regras de conduta e de hábitos julgados válidos, quer de modo absoluto, quer para grupo ou pessoa determinada”, respectivamente. Os significados etimológicos se distinguem, pois ética advêm do grego e moral do latim “ethos” é o modo de ser, enquanto “mores” se refere aos costumes.
A ética é adquirida conforme índole de cada um e o ambiente familiar, pois o comportamento individual depende da consciência adquirida ao longo da formação. Já a moral é nata, pois o ser humano nasce com a concepção de certo e errado, o que lhe traz conhecimento pleno da prática de seus atos e a distinguir o bem e o mal. Assim sendo, na educação a empregabilidade da ética se identifica.
O artigo a “Construção da Consciência Moral” de Yves de La Taille (s/d), professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, discute as distinções entre as dimensões in­telectual e afetiva do agir moral. Ressaltando os fatores associados a cada dimensão e a complementaridade delas na construção da consciência ética à conquista de uma vida ideal, na individualidade e no vier social, o autor salienta a moral enquanto os deveres de cada cidadão e ética à “vida boa”. E afirma que a moral é inerente à liberdade do seu agente, que deve estar em pleno usufruto de suas faculdades intelectuais.
Para Alexandre Carneiro Souza (s/d), autor do artigo “Ética na Educação” a ética se liga diretamente às relações de interação e à existência social, se subdividindo pessoal e social. Nas relações sociais os seres humanos desenvolveram duas dimensões: a racionalidade moral e a ética; O autor fundamenta o princípio da ética, citando (p. 03) Bárbara Freitas “[...] o pensamento filosófico grego é ponto de partida e de chegada de quase todos os modelos e sistemas do pensamento subsequente”. Comparando a filosofia clássica à ideologia ocidental, duas concepções pedagógicas com premissas distintas, na primeira “conhece-te a ti mesmo”, na segunda “não discuta com a lei, apenas obedeça” o autor justifica que as instituições ocidentais foram assumindo uma postura de o individuo auto conhecer-se e de viver, visando um caráter mais normativo e pouco criativo. 
Segundo Moreira e Ferreira (s/d) na LDB (Lei de Diretrizes e Bases) a educação é um processo formativo que se consolida no contexto familiar, na convivência humana, no espaço laboral, nas instituições educacionais, nos movimentos sociais, nas organizações sociais civis e manifestações culturais. A ética no ensino norteia a vivência social e conduz a formação do homem que aspira a sua condição, pela práxis (ação consciente e eticamente orientada). O respeito às diferenças decorre do conhecimento das múltiplas culturas.
A educação e ética se imbricam visando conduzir a pessoa na formação cidadã (fortalecida pela totalidade de responsabilidade social - com consciência de que no processo histórico deve-se evoluir como seres humanos e éticos). Sobre as relações educativas atreladas ao modo de produção vigorante, afirmam que atualmente a escola se abre mais à relação docente/discente. “Os valores formativos estão paralelos aos somativos, já que a escola não existe sem ambos.” (MOREIRA e FERREIRA, s/d, p.13). Elas defendem a formação continuada desenvolve a consciência reflexiva e crítica, sendo a ética indicador que sublima a liberdade e a vivência concreta da realidade dos sujeitos envolvidos na ação educativa, em processo de constante construção e reconstrução de ideias, fundamentados nos aspectos teóricos e práticos da didática pedagógica.
Conforme Freire (1996) “Não foi a educação que fez mulheres e homens educáveis, mas a consciência de sua inconclusão é o que gerou a sua educabilidade”. Ele critica toda e qualquer forma de discriminação, pois “educar exige o bom senso e responsabilidade” e defende a associação do discurso à prática pelo alcance da coerência. “A prática docente, especificamente humana, é [...] formadora, por isso é ética.” (FREIRE, 1996, p. 72/73).
Souza (s/d, p. 7) aborda o tema ética no “Período da Arte trágica” afirmando que não havia distinguia bem e mal, ambos eram vangloriados, nesta visão, a verdadeira pedagogia da vida vinha de da busca da liberdade e de batalhas travadas internamente, sendo o sofrimento necessário ao crescimento. Então, na filosofia grega “a ética da vida” pressupõe que o homem que é realmente livre não de deixa dominar por nenhum desejo externo. Assim sendo entende-se por ética “[...] uma orientação de vida alicerçada na prática livre da virtude segundo pressupostos da razão, mediante a qual o sujeito age com base em sua consciência, alheio às coerções exteriores [...] e interiores [...] sendo que o objetivo é estar bem consigo mesmo e com os outros. (SOUZA, s/d, p. 7).
Para o autor a relação da ética e educação é expressiva, pois o processo educacional é abrangente e baseia-se nas relações de duas gerações (adulta e infantil), nesse processo é repassada a herança cultural de geração para geração. E acrescenta que para Durkheim (1967) a educação “[...] é aquela exercida pelas gerações adultas sobre aquelas ainda não amadurecidas para a vida social”.
A atividade humana equipara as dimensões cognitiva e afetiva, constituintes do campo da ação moral “[...] pois toda ação remete a um ‘fazer’, a dimensão cognitiva ou ‘intelectual’ corresponde ao ‘saber fazer’, e a dimensão afetiva corresponde ao ‘querer fazer’. ( LA TAILLE, s/d, p.01). Cita Kant (1795/1980) que abordar a ideia de dignidade, na qual envolve-se a moral, exigindo o res­peito à dignidade do outro a manutenção da própria, sendo esse um imperativo categórico.
Na dimensão intelectual há plena participação da razão no fazer moral, a ação moral precisa ser guiada pela razão, só devendo ser respon­sabilizado moralmente quem tem a liberdade de agir (oportunidade de escolher empregando critérios definidos racionalmente). O autor divide a moral e conhecimento em três categorias complementares estabelecendo analogias: regras (formulações verbais reguladoras do agir: mapas) prin­cípios (em nome do que agir: bús­sola) e valores (premissas geradoras dos princípios e das regras), portanto no agir moralmente deve a pessoa saber empregar seus conhecimentos.
Para Pereira (2009) é frequente a associação da ética à conduta humana, porém é preciso associá-la também à conduta profissional, onde o indivíduo mais precisa lidar com interesses conflitantes. O desempenho profissional requer interações causadoras e receptoras de maior impacto social. Também há “[...] crescente preocupação com Ética e responsabilidade afetiva, Ética e práticas ambientais, [...] sistemas financeiros, Ética e universo profissional.” PEREIRA, 2009, p. 14).
 La Taille (s/d) defende ao saber fazer moral pressupostos das habilidades intelectuais tais como o equacionamen­to moral (forma pela qual as pessoas podem dialogar acerca da moral, o melhor a ser feito, o não tolerável) e a sensibilidade (percepção das dimensões morais não óbvias em situações aparentemente neutras - ou positivas – sob a ótica moral). A seu ver existem pessoas capazes de efetivar equacionamentos morais sofisticados, mas relativamente que não vêem nas situações em que regras, princípios e valores morais são obscuros. No desenvolvimento do juízo moral as duas abordagens mais (re) conhecidas são as de Piaget e Kohlberg. Piaget considera que:

 Na heteronomia, a criança [...] coloca a gravidade da ação como moralmente mais relevante que a intenção que a presidiu e dirige seus juízos a respeito do valor moral de uma atitude, tomando como referência a obediência aos mandamentos das ‘autoridades’ (notadamente os pais). Trata-se de uma moral do respeito unilateral, para o qual critérios de igualdade e reciprocidade ainda são praticamente inexistentes. A autonomia será, justamente, a fase de desenvolvimento mo­ral durante a qual as regras serão interpretadas a partir de princípios [...], a intenção da ação será elemento moral mais importante do que a gravidade de suas conse­qüências, e a igualdade de direitos e as relações de reciprocidade substituirão a obediência como critérios para julgar o que é certo ou errado fazer. (LA TAILLE, s/d, p.08).

Já a teoria de Kohlberg  prevê três estágios declarando na mesma página:

[...] no estágio pré-convencional a moral é dominantemente interpretada como obediência a autoridade e orientada para o evitar a punição, no estágio convencional, [...] certo corresponde a adequar-se às expectativas do grupo e a preservar a estabilidade social, e no estágio pós-convencional, a moral é pensada através de princípios universais que garantam a justiça para todos.

La Taille (s/d) aborda a relevância das relações afetivas no despertar do senso moral, afirmando que o trato com os sentimentos fundamenta a presença de valores morais na construção da personalidade. A construção processual de virtudes, remetem a leitura ética e embasam a construção mental de consciência. Pela educação formal ou informal a criança pode despertar sua simpatia e sensibilizar-se com outros, também adquire sentimentos de culpa (pela tomada de consciência de ter ferido alguém ou transgredido uma regra), da indignação (auto-interesse em prestar atenção ao que lhe é devi­do) e da confiança (nutriente do desejo de participar de uma comunidade moral).
Conclui o autor ser a busca e manutenção da dignidade pessoal uma condição afetiva imprescindível às ações inspiradas nos deveres morais, e dependente da concepção “[...] de ‘vida que vale a pena ser vivida’ e de ‘que pessoa vale a pena ser’. Neste sentido, a dignidade é um conceito tanto moral, quanto ético” (LA TAILLE, s/d, p.18). Então aconselha considerar sempre que as dimensões, in­telectual e afetiva do agir moral, pois na psique humana, elas estão em constante interação.
Para o autor, o processo ensino aprendizagem não deveria modelar mentes e sim disponibilizar conhecimentos, informações, respeitando as diferenças, as particularidades, valorizando a diversidade. O trabalho pedagógico, cria um “habitus” que passa a orientar as práticas sociais em conformidade com a cultura dominante, determinando o que a sociedade deve pensar perceber, gostar e fazer. A “práxis” é a postura onde o fazer percebe o outro como ser autônomo e responsável pela sua autonomia, sendo assim a verdadeira pedagogia pertence a “praxis”.  “O sujeito do desejo não tem uma fisionomia fixa. O distanciamento entre o desejo e a moral reside exatamente no fato de que a moral visa a padronização (subtrai), ao passo que o desejo tende ao inédito (adiciona)”. (FOUCAULT citado por SOUZA p.22).
Enquanto a educação for vista como uma imposição aprendizagem e autonomia continuarão distantes, mas quando o homem se tornar um sujeito livre, dono de suas decisões, ele descobre o seu poder, emancipa-se e traça um estilo de vida rumo à liberdade.
O texto “Sobre Educação do Campo” da autora Roseli Salete Caldartti foi escrito como roteiro para uma exposição do III Seminário do PRONERA ( Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), objetivando principalmente chamar a atenção para algumas questões relacionadas ao balanço do PRONERA e refletir sobre a Educação no campo. Para Caldartti a educação do campo surgiu da necessidade de uma política educacional para a sociedade camponesa, nascendo da luta dos Sem Terra para a implantação de escolas públicas nas regiões onde foi realizada a Reforma agrária, visando manter a sua identidade, sua cultura, suas experiências educacionais, enfim seu território conquistado.
Dessa forma a Educação do Campo foi também uma crítica a Educação pensada no abstrato, seus sujeitos lutaram para que o debate pedagógico fosse colocado na realidade deles, nas interações concretas  e transformações vivenciadas  em sua complexidade. O texto de Caldartti apresenta que o PRONERA acredita na possibilidade da formação dos educadores das escolas do campo não ser à distância, sendo assim o programa luta pela democratização do acesso ao ensino superior desafiando as elites preconceituosas. 
O artigo “Ética, Educação, Política e Tecnologia” publicado pela Revista “África e Africanidades” é uma entrevista a Júlio César de Almeida de Oliveira, pedagogo da (UFRJ) pesquisador e um dos autores do livro Ética e Educação: uma abordagem atual. As expectativas e desafios da educação brasileira e a crise moral e ética em que vivemos atualmente são alguns dos pontos destacados pelo pesquisador. Um ponto primordial apontado na entrevista com o pedagogo entrevistado “Júlio César de Almeida de Oliveira” responde sobre a ética e a educação no Brasil. Segundo ele esse “Processo é lento [...] e o comprometimento não deve ser visto apenas com o Estado [...] a cultura do jeitinho brasileiro esbarra no ‘agora não’, ‘deixa pra depois’, ‘deixa eu ver a novela’ [...] Assim sendo é perceptível a relevância em sua resposta com o tema ética e educação  em nossa disciplina e em nosso próprio trabalho pois podemos ver uma certa carência de investimentos na educação e a falta de valorização e o descaso com a educação como falhas gravíssimas do Estado.
Outra parte da entrevista que chama bastante a atenção está na sua visão a respeito da ética,  do fato que ela não seria “ [...] o ensinável, e sim o vivenciável e discutível, daí não vê-la como um prato caro/raro, mas de sabor difícil de distinguir” . Segundo ele o que comumente chamam de “falta de Ética” é o que ele chama de falta de aprofundamento sobre a mesma, no sentido de não compreendê-la como embasamento social, ainda que ela pareça não existir, pois os modelos estão muito vinculados à maneira como procuramos compreender a Ética, assim sendo, ela é um tanto teórico e também prático. Ressalta o educador que “Fragmentar de discussões envoltas desta temática, as polêmicas que a abrange, é uma boa forma de tratá-la em sala de aula, em casa, na mídia. Mas ter receio de debater certos assuntos, em nada ajudará a Compreendê-la e a vivenciá-la”.
Na perspectiva de relatar experiências Jorgetânea Ferreira (2004) descreve em seu artigo “Ètica, cidadania e relações raciais: construindo novas relações humanas nas escolas de Uberlândia”, publicado na Revista de Educação Popular, uma vivência de curso para educadores, no qual a formação complementar relativa se deu em espaço privilegiado de reflexões, visando à superação do racismo e do preconceito.   O professor que almeja a democracia e a ampla cidadania precisa atuar apropriando-se de valores como justiça, dignidade, igualdade e respeito mútuo, fazendo da escola espaço privilegiado a experimentação de relações humanas pautadas na ética. A educação inclusiva precisa dar visibilidade a seus sujeitos, pois:

O racismo e a discriminação produzem exclusões na esfera educacional: nas possibilidades de adentrar e concluir os ciclos formais de escolaridade, de ver reconhecidas e valorizada a diversidade das contribuições dos diferentes grupos étnicos e raciais e suas diferentes culturas no patrimônio da humanidade. (CARNEIRO 2001 citado por  FERREIRA 2004, P. 46).

Trabalhando com oficinas temáticas a autora adverte a necessidade de atenção múltipla principalmente nas atividades comemorativas. Nas questões raciais, sobretudo para com as pessoas negras, é relevante o abordo igualitário que possibilite a pluralidade ética, de gênero e de classe social, pois a escola deve contribuir a formação do ser humano nas  múltiplas dimensões de sua vida (profissional, afetividade, política, etc.). devem as universidades prepara bem o educador a essa docência. Deve o professor evitar a idealização de alunos  para isso é importante reconhecer a existência do preconceito, para bem aproveitar as oportunidades de problematizações e conduzir adequadamente o trabalho voltado a sua superação. Salienta ela que as imagens negativas afetam a autoestima, assim os estereótipos precisam ser quebrados.
Pelo trato adequado com a diversidade e a diferença é possível estimular ações positivas, principalmente pelo trabalho com materiais alternativos e abrangentes. Nessa ótica é citada Rocha (2002) que defende a formação permanente dos educadores enquanto essencial a “[...] efetivação de um projeto de educação popular”. (FERREIRA. 2004, p.48). Sendo o racimo uma construção histórica o professor precisa se preparar para enfrentar adequadamente. Cabe a escola efetivar parcerias nesse sentido, para que seja local de inclusão e solidariedade, com o convívio democrático e respeitoso das diferenças.  


                                        Ética e educação no meu cotidiano
Considero de suma importância criar atitudes de uma ética profissional no âmbito educacional para que haja sucesso no decorrer do processo escolar. Assim, trabalharemos em prol da construção de sujeitos críticos, criativos e capazes de atuar conscientemente na sociedade. Embora, diversas ações afirmativas são instituídas com a finalidade de combater as desigualdades raciais e de gênero é notável que ainda hoje as escolas infrinjam os princípios que baseiam o universalismo dos direitos humanos por meio de práticas discriminatórias principalmente no caso da pessoa negra. Nesse sentido, Cavalleiro (s\d) aponta a eficácia de criar projetos de educação para a igualdade racial e de gênero na consolidação dos direitos humanos.  É afirmado pela Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida - Com-vida – é importante abranger toda a comunidade escolar na tentativa de solucionar os atuais problemas e construir o futuro que todos almejam. Daí a necessidade de realizar práticas no âmbito educacional que considerem esta questão. Conforme é abordado no vídeo “Pais: inimigos ou aliados?” a escola se encontra em constante transformação e o professor tem um papel primordial na educação dos filhos. Mas vale ressaltar que o envolvimento dos pais nessa questão faz um diferencial muito grande e decisivo para o sucesso da criança que estuda. É necessário abordar assuntos relevantes para que os pais se sintam motivados e tenham interesse em participar das atividades escolares. Os pais juntamente com a escola podem se aliar na “busca por uma escola mais aberta, mais justa e mais eficiente no ensino e na aprendizagem” desde que a escola compartilhe os conhecimentos com a comunidade.  A escola tem se tornado um instrumento principal que permite as mudanças indispensáveis no conhecimento, valores, comportamentos e estilos de vida dos indivíduos. Percebo a grande importância de refletir sobre minha postura ética na prática pedagógica para o melhoramento do ensino aprendizagem.

Considerações finais

Partindo das formações discutidas nos textos que embasam esse estudo é possível afirmar que a educação envolve a formação de valores éticos e morais, devendo sempre considerar a diversidade humana no seio das instituições. Coexistem divergências entre culturas, quanto ao que é ou não ético e o moralmente certo ou errado. O fundamental é investir na ampla formação humana, investindo na construção de pessoas mais solidárias e responsáveis por si e por seus semelhantes. A educação precisa promover o desenvolvimento pleno da consciência pelo bem estar pessoal e social. Enfim, a escola precisa se fazer espaço de encontro das diferenças advindas da diversidade humana para a melhoria progressivo do convívio e a ruptura com a cultural discriminação, pelo bem da grande maioria.



REFERENCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Formando Com-vida, Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola: construindo Agenda 21 na  escola / Ministério da Educação, Ministério do Meio Ambiente. - 2. ed, rev. e ampl. – Brasília: MEC, Coordenação Geral de Educação Ambiental, 2007. Disponível em: http://www.moodle.ufop.br/file.php/6489/Cartilha_Com_Vida.pdf

CAVALLEIRO, Eliane. O combate ao racismo e ao sexismo como eixo norteadores das ações políticas de educação. (s\d)

FREIRE, Paulo. Pedagogia da  Autonomia: saberes necessários a prática educativa. 15 ª edição. São Paulo. Paz e Terra. 1996.
LA TAILLE,Yves de . Construção da Consciência Moral.  UNIVESP / UNESP. Psicologia do Desenvolvimento. P. 01 a 18. Disponível em :
Atividade_2_._Leituras.zip\Atividade 2 . Leituras - Arquivo ZIP, tamanho descomprimido 1.212.022 bytes

MOREIRA, Leila Maria. e FERREIRA, Suelaine de Castro. Abordagem Ética e da Concepção Sócio-Histórica na Educação. Disponível em: Atividade_2_._Leituras-1.zip\Atividade 2 . Leituras - Arquivo ZIP, tamanho descomprimido 1.212.022 bytes
PEREIRA, Dulce Maria. Ética profissional: desafios do século xxi / Ouro Preto: UFOP, 2009. 168p.,
SOUZA, Alexandre Carneiro de. Ética na Educação.  Disponível em: http://www.moodle.ufop.br/file.php/6489/Atividade_2_._Leituras.zip

Vídeo: Pais: Inimigos ou aliados? Disponível em:







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