DISCIPLINA: Organização
do trabalho pedagógico I
ESTUDANTE: Maria
Rosa Oliveira de Jesus MAT: 10.2.9780
PROFESSORA:
Márcia Ambrósio Rodrigues Rezende
Elisangela de Oliveira Rosa Guimaraes
PÒLO: Lagamar
4ª ação de aprendizagem
do portfólio
O presente trabalho tem como objetivo ver os vídeos do programa
Roda de Conversa
(uma das ações da Escola de Formação do Estado – MAGISTRA) "A organização do ensino e as práticas pedagógicas em sala de aula” sendo apresentado por Marcílio Lana e tendo como convidadas as Professoras Doutoras: Cláudia Fernandes- UNIRIO, Márcia Ambrósio Rodrigues Rezende – Centro de Educação Aberta e a Distância/Universidade Federal de Ouro Preto e Cláudia Santa Rosa - Professora Adjunta/RN. E posteriormente elaborar a 4ª ação de aprendizagem do portfólio como proposta de avaliação feita pela professora Márcia Ambrósio da disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico I
(uma das ações da Escola de Formação do Estado – MAGISTRA) "A organização do ensino e as práticas pedagógicas em sala de aula” sendo apresentado por Marcílio Lana e tendo como convidadas as Professoras Doutoras: Cláudia Fernandes- UNIRIO, Márcia Ambrósio Rodrigues Rezende – Centro de Educação Aberta e a Distância/Universidade Federal de Ouro Preto e Cláudia Santa Rosa - Professora Adjunta/RN. E posteriormente elaborar a 4ª ação de aprendizagem do portfólio como proposta de avaliação feita pela professora Márcia Ambrósio da disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico I
Foi debatido nos vídeos sobre o seguinte tema:
A organização do ensino e as práticas
pedagógicas na sala de aula: formação em ciclos, escolas multisseriadas,
seriação, novas formas de organização escolar.
Marcílio Lana inicia o debate
ressaltando que foram adotadas políticas publicas em educação (promoção
automática, progressão e avaliação continuada, ciclos de formação e turmas
multisseriadas) para reverter o grande problema das repetências.
Ele aponta Tarcisio Mauro em
vídeo, que afirma que o século XX expande o novo modelo nos grupos escolares: a seriação, cujos critérios são a
reunião dos alunos conforme a idade, o programa de ensino e o conhecimento (os
alunos eram avaliados ao final de cada série para promoção ou reprovação). A
seriação perpassa o século XX sendo inquestionável.
Nesse aspecto, a professora Márcia Rezende
Ambrósio, doutora em educação pela UFMG, aponta que por volta das décadas de
60- 70, o modelo já não cumpria mais seu papel, o índice de reprovação era
insustentável, a escola aí se centrava no professor, no currículo e no
programa. Segundo ela diversas pesquisas na psicologia (Piaget, Vigostky e
Wallon) mostram que o aluno aprende por meio de atividades significativas.
É ressaltada pela professora
Cláudia Santa Rosa, doutora em educação pela Universidade do Rio Grande do Sul
que a questão da seriação teve seu
tempo. Ela mostra que nessa organização a escola era vista como o lugar da
verdade e da homogeneidade em que o conhecimento era intocável e neutro, e que
atualmente este modelo se distancia da realidade das crianças e até mesmo do
próprio professor. Para ela, a escola em ciclos
permite um repensar sobre modelos que não é mais possível, por exemplo, a
homogeneidade.
Para Tarcisio Mauro começaram
a reestruturar o modelo dos ciclos
por meio de diversos questionamentos (reprovação, avaliações quantitativas,
organização do tempo escolar de forma mais alargada em que houvesse um
intercâmbio, uma rede de trocas entre as disciplinas e trocas de experiências
entre idades diferentes). Dessa forma surge a ideia de organização das escolas
de modos distintos, pensando em ciclos
em dois, três ou até quatro anos para que não houvesse a retenção dos alunos. A
professora Cláudia Santa Rosa destaca por meio de exemplos de uma escola
publica a importância de reorganizar os tempos escolares, os currículos, o
agrupamento de crianças com idades diversas, diferentes anos de escolarização
ressaltando apresentação de oficinas. Ela discute que esse processo requer uma
melhor formação dos professores.
Ela volta ao modelo seriado enfatizando que este é uma
seriação que busca quantificar, seguir métodos, programa de ensino, agrupar e o
professor organizar uma aula modelo para “todos”. Conforme a professora,
algumas mudanças escolares independem da faixa da criança, outras não. Uma mudança
significativa diz respeito ao planejamento feito partir das possibilidades dos
alunos que serão identificadas através do acompanhamento do professor. Assim
ele identificará sua atuação em meio ao grupo e em meio às diferenças
existentes que são elementos relevantes na aprendizagem, ao contrário do
processo de homogeneização. Para uma reorganização positiva é preciso ter como
eixo transversal, as tecnologias em nosso benefício. Além disso, é
imprescindível o professor usar de sua criatividade e construir novas formas de
se pensar a escola.
A professora Cláudia de
Oliveira Fernandes, doutora em Ciências Humanas e mestre em educação pela
Pontifícia, Universidade Católica do Rio de Janeiro realça a necessidade de ter
claro em mente na reorganização das escolas um repensar o modelo de escola e
pensar na complexidade que é uma escola. Os modelos de ciclos possuem
diferenças conforme as regiões até mesmo as escolas. Nesse sentido, Cláudia
Santa Rosa vê a necessidade de desconstrução da ideia de que toda a escola
precisa se organizar do mesmo jeito, que o professor precisa elaborar sua
prática pedagógica da mesma forma que o outro elabora. Para ela deve-se
repensar a escola embora haja uma dificuldade enorme em transformar e/ ou
romper com certo modelo. Márcia Ambrósio ressalta que a LDB (Lei de diretrizes
e bases) permite a flexibilização dos tempos e dos espaços escolares, o
professor precisa compreender e vivenciar de fato práticas de modelo de escola
em ciclos.
Sobre as questões multisseriadas, a professora Márcia
Ambrósio acredita ser um desafio. É abordado por ela que no censo escolar
(2009) dentre as 98.000 turmas seriadas do Brasil 49% dos professores se
encontram na zona rural com turmas multisseriadas. Ela afirma a impossibilidade
de utilizar um livro didático como referência, no caso, seria recomendável como
método os projetos de trabalho que
por si possibilita múltiplas formas de agrupamentos. Como mediador o professor
precisa saber como funciona uma metodologia de um projeto de trabalho. Ele deve
reorganizar o tempo escolar de diversas maneiras. Ele precisa de um apoio
pedagógico, portanto de uma boa gestão. Como desafio, buscar politicamente uma
escola melhor e fazer intercambio entre escolas e entre alunos.
Dessa forma a professora
Cláudia Santa Rosa destaca a importância de planejar juntamente com o aluno a
partir da proposta de cada um. Além disso, é preciso ter material disponível
para oferecer as crianças nas distintas necessidades. Como exemplo ela citou
materiais vivenciados pelas escolas do Rio Grande do Sul, tais como fichários
de atividades (encontra atividades com o objetivo que o aluno está trabalhando)
e até mesmo livros didáticos. E assim observar as diversas possibilidades de
aquisição do conhecimento através de atividades significativas, trocas
interativas, pesquisas, aula de campo, entre outros. O multisseriado pode
favorecer o desenvolvimento da aprendizagem por meio das trocas de experiências
entre os alunos. É importante também para os alunos que estão nos anos
posteriores de alfabetização e ainda não está alfabetizado.
No sistema de ciclos
considera-se de suma importância o professor repensar a escola, refletir acerca
da função social e o papel da escola na atual realidade. Assim, é necessário
refletir sobre a reorganização do tempo e espaço escolar analisando o sistema
de ensino, avaliação, o currículo, o papel do professor e o funcionamento da
escola. A prática pedagógica considerando esse modelo deve levar em conta as
estratégias didáticas, a forma de abordagem dos diversos conteúdos, à
criatividade no planejamento das aulas, os recursos e materiais a ser utilizado
pelos alunos, o modo de disposição do espaço, os critérios para agrupamentos
dos alunos bem como a maneira de avaliar e fazer intervenções no processo
pedagógico.
As professoras apontadas no vídeo acreditam
que o trabalho em turmas escolares multisseriadas
apresenta grande desafio e pode ter resultados positivos se o professor usar a
criatividade para envolver todos os alunos nas atividades. Elas apontam
diversas estratégias para o trabalho com essas turmas e mostram que o
planejamento integrado pode ser de grande valor. Assim, o trabalho com projetos
envolvendo alunos de todas as turmas e de todos os níveis pode ser muito
significante e de grande proveito. Outra estratégia pode ser em forma de
apresentação de oficinas, o que exige o conhecer a realidade da turma. Nesse
aspecto o professor deve respeitar o nível de aprendizagem cada aluno e buscar
atender as necessidades de cada um.
A escola deve preocupar-se
com a formação integral do aluno. Portanto cabe ao professor usar sua
criatividade, buscar inovações e transformar o espaço da sala de aula num
espaço de aprendizagens significativas por meio das relações sociais pautadas
na ideia de organização das escolas de diversos modos pensando no sitema em
ciclos.
Referência:
Vídeos:
rograma Roda de Conversa "A organização do ensino e as práticas
pedagógicas em sala de aula" Disponíveis em:
http://www.youtube.com/watch?v=1AFRJPIfwEM
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