Ensino Fundamental- anos iniciais

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A organização do ensino e as práticas pedagógicas em sala de aula





DISCIPLINA: Organização do trabalho pedagógico I
ESTUDANTE: Maria Rosa Oliveira de Jesus            MAT: 10.2.9780
PROFESSORA: Márcia Ambrósio Rodrigues Rezende
TUTORAS A DISTÂNCIA: Eliene do Perpetuo Socorro Izaias
                                              Elisangela de Oliveira Rosa Guimaraes
PÒLO: Lagamar
4ª ação de aprendizagem do portfólio                         
O presente trabalho tem como objetivo ver os vídeos do programa Roda de Conversa  
(uma das ações da Escola de Formação do Estado – MAGISTRA) "A organização do ensino e as práticas pedagógicas em sala de aula” sendo apresentado por Marcílio Lana e tendo como convidadas as
Professoras Doutoras: Cláudia Fernandes- UNIRIO, Márcia Ambrósio Rodrigues Rezende – Centro de Educação Aberta e a Distância/Universidade Federal de Ouro Preto e Cláudia Santa Rosa - Professora Adjunta/RN. E  posteriormente elaborar a 4ª ação de aprendizagem do portfólio como proposta de avaliação feita pela professora Márcia Ambrósio da disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico I
Foi debatido nos vídeos sobre o seguinte tema: A organização do ensino e as práticas pedagógicas na sala de aula: formação em ciclos, escolas multisseriadas, seriação, novas formas de organização escolar.
Marcílio Lana inicia o debate ressaltando que foram adotadas políticas publicas em educação (promoção automática, progressão e avaliação continuada, ciclos de formação e turmas multisseriadas) para reverter o grande problema das repetências.
Ele aponta Tarcisio Mauro em vídeo, que afirma que o século XX expande o novo modelo nos grupos escolares: a seriação, cujos critérios são a reunião dos alunos conforme a idade, o programa de ensino e o conhecimento (os alunos eram avaliados ao final de cada série para promoção ou reprovação). A seriação perpassa o século XX sendo inquestionável.
 Nesse aspecto, a professora Márcia Rezende Ambrósio, doutora em educação pela UFMG, aponta que por volta das décadas de 60- 70, o modelo já não cumpria mais seu papel, o índice de reprovação era insustentável, a escola aí se centrava no professor, no currículo e no programa. Segundo ela diversas pesquisas na psicologia (Piaget, Vigostky e Wallon) mostram que o aluno aprende por meio de atividades significativas.
É ressaltada pela professora Cláudia Santa Rosa, doutora em educação pela Universidade do Rio Grande do Sul que a questão da seriação teve seu tempo. Ela mostra que nessa organização a escola era vista como o lugar da verdade e da homogeneidade em que o conhecimento era intocável e neutro, e que atualmente este modelo se distancia da realidade das crianças e até mesmo do próprio professor. Para ela, a escola em ciclos permite um repensar sobre modelos que não é mais possível, por exemplo, a homogeneidade. 
Para Tarcisio Mauro começaram a reestruturar o modelo dos ciclos por meio de diversos questionamentos (reprovação, avaliações quantitativas, organização do tempo escolar de forma mais alargada em que houvesse um intercâmbio, uma rede de trocas entre as disciplinas e trocas de experiências entre idades diferentes). Dessa forma surge a ideia de organização das escolas de modos distintos, pensando em ciclos em dois, três ou até quatro anos para que não houvesse a retenção dos alunos. A professora Cláudia Santa Rosa destaca por meio de exemplos de uma escola publica a importância de reorganizar os tempos escolares, os currículos, o agrupamento de crianças com idades diversas, diferentes anos de escolarização ressaltando apresentação de oficinas. Ela discute que esse processo requer uma melhor formação dos professores.
Ela volta ao modelo seriado enfatizando que este é uma seriação que busca quantificar, seguir métodos, programa de ensino, agrupar e o professor organizar uma aula modelo para “todos”. Conforme a professora, algumas mudanças escolares independem da faixa da criança, outras não. Uma mudança significativa diz respeito ao planejamento feito partir das possibilidades dos alunos que serão identificadas através do acompanhamento do professor. Assim ele identificará sua atuação em meio ao grupo e em meio às diferenças existentes que são elementos relevantes na aprendizagem, ao contrário do processo de homogeneização. Para uma reorganização positiva é preciso ter como eixo transversal, as tecnologias em nosso benefício. Além disso, é imprescindível o professor usar de sua criatividade e construir novas formas de se pensar a escola.
A professora Cláudia de Oliveira Fernandes, doutora em Ciências Humanas e mestre em educação pela Pontifícia, Universidade Católica do Rio de Janeiro realça a necessidade de ter claro em mente na reorganização das escolas um repensar o modelo de escola e pensar na complexidade que é uma escola. Os modelos de ciclos possuem diferenças conforme as regiões até mesmo as escolas. Nesse sentido, Cláudia Santa Rosa vê a necessidade de desconstrução da ideia de que toda a escola precisa se organizar do mesmo jeito, que o professor precisa elaborar sua prática pedagógica da mesma forma que o outro elabora. Para ela deve-se repensar a escola embora haja uma dificuldade enorme em transformar e/ ou romper com certo modelo. Márcia Ambrósio ressalta que a LDB (Lei de diretrizes e bases) permite a flexibilização dos tempos e dos espaços escolares, o professor precisa compreender e vivenciar de fato práticas de modelo de escola em ciclos.
Sobre as questões multisseriadas, a professora Márcia Ambrósio acredita ser um desafio. É abordado por ela que no censo escolar (2009) dentre as 98.000 turmas seriadas do Brasil 49% dos professores se encontram na zona rural com turmas multisseriadas. Ela afirma a impossibilidade de utilizar um livro didático como referência, no caso, seria recomendável como método os projetos de trabalho que por si possibilita múltiplas formas de agrupamentos. Como mediador o professor precisa saber como funciona uma metodologia de um projeto de trabalho. Ele deve reorganizar o tempo escolar de diversas maneiras. Ele precisa de um apoio pedagógico, portanto de uma boa gestão. Como desafio, buscar politicamente uma escola melhor e fazer intercambio entre escolas e entre alunos.
Dessa forma a professora Cláudia Santa Rosa destaca a importância de planejar juntamente com o aluno a partir da proposta de cada um. Além disso, é preciso ter material disponível para oferecer as crianças nas distintas necessidades. Como exemplo ela citou materiais vivenciados pelas escolas do Rio Grande do Sul, tais como fichários de atividades (encontra atividades com o objetivo que o aluno está trabalhando) e até mesmo livros didáticos. E assim observar as diversas possibilidades de aquisição do conhecimento através de atividades significativas, trocas interativas, pesquisas, aula de campo, entre outros. O multisseriado pode favorecer o desenvolvimento da aprendizagem por meio das trocas de experiências entre os alunos. É importante também para os alunos que estão nos anos posteriores de alfabetização e ainda não está alfabetizado.
No sistema de ciclos considera-se de suma importância o professor repensar a escola, refletir acerca da função social e o papel da escola na atual realidade. Assim, é necessário refletir sobre a reorganização do tempo e espaço escolar analisando o sistema de ensino, avaliação, o currículo, o papel do professor e o funcionamento da escola. A prática pedagógica considerando esse modelo deve levar em conta as estratégias didáticas, a forma de abordagem dos diversos conteúdos, à criatividade no planejamento das aulas, os recursos e materiais a ser utilizado pelos alunos, o modo de disposição do espaço, os critérios para agrupamentos dos alunos bem como a maneira de avaliar e fazer intervenções no processo pedagógico.
 As professoras apontadas no vídeo acreditam que o trabalho em turmas escolares multisseriadas apresenta grande desafio e pode ter resultados positivos se o professor usar a criatividade para envolver todos os alunos nas atividades. Elas apontam diversas estratégias para o trabalho com essas turmas e mostram que o planejamento integrado pode ser de grande valor. Assim, o trabalho com projetos envolvendo alunos de todas as turmas e de todos os níveis pode ser muito significante e de grande proveito. Outra estratégia pode ser em forma de apresentação de oficinas, o que exige o conhecer a realidade da turma. Nesse aspecto o professor deve respeitar o nível de aprendizagem cada aluno e buscar atender as necessidades de cada um.
A escola deve preocupar-se com a formação integral do aluno. Portanto cabe ao professor usar sua criatividade, buscar inovações e transformar o espaço da sala de aula num espaço de aprendizagens significativas por meio das relações sociais pautadas na ideia de organização das escolas de diversos modos pensando no sitema em ciclos.



Referência:
Vídeos: rograma Roda de Conversa "A organização do ensino e as práticas pedagógicas em sala de aula" Disponíveis em:
http://www.youtube.com/watch?v=1AFRJPIfwEM




















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