PLAED
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Daniel Vinícius
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Polo
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Lagamar
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Disciplina
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Escola
e Currículo: EAD 289/123
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Professor (a)
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Dra. Tânia Rossi Garbin
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Aluna
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Maria Rosa Oliveira
de Jesus- Mat: 10.2.9780
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Tarefa
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Texto
individual
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Relações professor aluno no contexto
educacional
Introdução
Esse trabalho tem como objetivo refletir
sobre a relação que o professor deve manter com seus alunos no contexto
educacional, destacando a importância do comportamento do professor bem como
sua influência no aprendizado e na motivação de seus alunos, sobretudo nos
primeiros anos do ensino fundamental por meio da análise fundamentada nos
autores Almeida (s/d), Freire (1996) e
Oliveira (2007) para a aquisição
de uma relação saudável e necessária entre professor e alunos. Este trabalho é
de suma importância aos diversos profissionais da área educacional e
principalmente aos professores por contribuir para uma reflexão crítica sobre a
temática que considere o acesso da aprendizagem como um todo.
A concretização deste texto compreende os assuntos
básicos abordados no sexto período de Pedagogia (UFOP) na disciplina Escola e Currículo (EAD 289) a qual é ministrada pela professora Dra. Tânia
Rossi Garbin. Os quais ressaltam a importância
da relação professor- aluno à ação docente qualitativa.
A relação professor- aluno
A relação professor- aluno é
fundamental em todos os níveis educacionais. Por meio dela o aluno pode ser
determinado a construir o seu conhecimento. O aluno deve ser considerado como
sujeito ativo do processo de ensino. Nesse sentido o professor tem um papel
fundamental. A escola tem com função básica a formação de sujeitos críticos,
criativos e com capacidade de exercer sua cidadania.
Assim, Freire (1996) defende uma ação docente
voltada à promoção da liberdade, livre das ideologias e dos ideais utópicos,
pelo aprendizado critico e conscientizador. Ele aponta que no processo de
ensino- aprendizagem deve considerar a troca de conhecimentos entre educadores
e educandos, valorizando esse processo pautado no desenvolvimento da
curiosidade. Segundo ele, ensinar exige a rigorosidade metódica, o respeito aos
saberes prévios dos educandos e criticidade, desconsiderando a “educação
bancária” na qual o professor transmite o conhecimento ao aprendiz. Ele
salienta a relevância da relação do educador com o educando na qual é preciso
que haja mútuo respeito, a busca da ascensão da identidade cultural de todos os
grupos para o embasamento da prática educativa. Afirma então (p.51) “O que
importa na formação docente não é a repetição mecânica do gesto [...] mas a
compreensão dos sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança, do medo
que, ao ser ‘educado’ vai gerando a coragem”.
Nesse
sentido, Almeida (s/d) alega que a Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira sugere inovações nas práticas educacionais. Que os
professores saiam da sua usualidade e sejam criativos para criar atividades
inovadoras no seu processo educacional. Acredita-se que a inovação e a criatividade
remetem ao rompimento com o óbvio. Mas para isso, o professor precisa ter
ousadia para enfrentar as resistências. Ele precisa ser autoconfiante e também confiar
na capacidade do aluno criando estratégias fundamentais de aprendizagem.
Oliveira (2007) aponta alguns aspectos importantes
para levar o aluno à conscientização dos objetivos almejados (estratégias que revelam
a finalidade da aprendizagem, do conteúdo e das estratégias escolhidas) o que
favorece o desenvolvimento do pensamento reflexivo e da autonomia.
Pode-se dizer que o professor precisa ter
consciência do seu papel e manter uma relação que ative o processo educativo eficaz,
já que a escola é a principal responsável pela formação do ser humano.
Dessa forma, Freire (1996) garante que sendo o
conhecimento sempre inacabado, deve o educador acreditar na probabilidade de
transformação da realidade e através da problematização buscar possibilidades.
Ele considera como saber indispensável à prática educacional crítica à forma de
lidar com a relação autoridade e liberdade, valorizando então o respeito, a
autonomia e a dignidade de cada educando, critica toda e qualquer forma de
discriminação, devendo o educador ser responsável e sensato para poder transpor
distância entre o discurso e a prática, o que leva à coerência. Ele aconselha
que a profissão de educador seja levada a sério, vendo na luta por melhorias a
saída adequada. Salienta ainda que a ação pedagógica deve ser permeada de
alegria, esperança e de convicção nas possibilidades de mudanças. É mostrada a
importância do diálogo com todos os grupos populares e as distintas culturas
para a ampla compreensão da vida social, vendo nos seres humanos seres
“programados para aprender”. A curiosidade, para educadores e educandos, é
vista como uma mola propulsora, então se faz necessário estimular o
questionamento e a reflexão. Declara então (p.100) “È interessante observar que
a minha experiência discente é fundamental para a prática que terei amanhã ou
que estou tendo agora, simultaneamente com aquela”. Para ele a base da prática
educativa está na autoridade democrática, o respeito mútuo e na dialógica da
relação, com amplo comprometimento do professor. Vendo na educação uma forma de
intervenção no mundo Freire (1996) critica a reprodução das ideologias da classe
dominante.
Ser professor exige a tomada de decisões difíceis,
pois a educação crítica pode promover mudanças fundamentais. Cabe ao educador,
no ponto de vista progressista, saber escutar, explorar a comunicação dialógica
e respeitar a leitura de mundo do educando. Freire (1996) destaca a importância
da relação afetiva entre educador e educandos, o qual deve cumprir com seu
dever “amorosamente”. Reforça então a defesa
da educação na qual são aliadas a rigorosidade intelectual, a curiosidade epistemológica e competência pautada na
simplicidade.
Formação
docente
Tendo em vista que o professor deve ser um sujeito
reflexivo de suas ações deve ele atuar como o mediador na construção do
conhecimento criando estratégias que promovam o interesse dos alunos e um
aprendizado significativo. De acordo com (OLIVEIRA, 2007, p. 56) “Os saberes
específicos da docência, que dão sustentação ao trabalho dos professores”, E a articulação
entre formação, profissão e as condições materiais é que valoriza o professor enquanto
sujeito transformador ou professor reflexivo. Destaca também que na formação de
educadores atualmente há estudos que valorizam o pensamento reflexivo e
investigativo. Aponta Zeichner (1993) que mostra o valor “a importância do
reconhecimento do papel ativo dos educadores, [...] próprias teorias pautadas
na riqueza da experiência de sua ação pedagógica, e a necessidade de um
processo de aprender a ensinar”. Ultimamente vem sendo discutidas várias ideias
no âmbito educacional destacando “o professor, a profissão, a profissionalidade
docente, suas decisões e práticas pedagógicas.” Ao docente confirma a
necessidade de uma atuação sistemática reflexiva de sua prática pedagógica.
Considerações finais:
Nessa relação torna-se necessário que
todos os envolvidos escolares, especialmente o educador, busque maneiras de
sanar as diferenças, procurando fazer com que no espaço escolar prevaleça o
respeito mútuo e a dialógica dessa relação para um melhor aproveitamento do processo
educacional. Dessa forma é imprescindível refletir sobre as práticas
educativas, no sentido de considerar as necessidades,
anseios e interesses dos alunos na construção dos conhecimentos e ampliação dos
saberes. Nesse caso, é imprescindível a troca de conhecimentos. Cabe ao professor acreditar em seu potencial de
transformador reflexivo preocupado com a formação de sujeitos críticos,
criativos e um ser autônomo, bem como
acreditar na capacidade de seus alunos.
Referências:
ALMEIDA , Fernando José de. Aprendendo com projetos. http://www.moodle.ufop.br/file.php/6832/aprendendo_com_projetos_Fernando_Almeida.pdf
FREIRE, P. Pedagogia
da autonomia: saberes necessários a prática educativa. Paulo Freire. 15 ª
edição. Coleção Leitura. São Paulo. Paz e Terra S/A. 1996.
OLIVEIRA, Ana Maria Rocha A CONTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA REFLEXIVA PARA UMA
DOCÊNCIA COM PROFISSIONALIDADE. Em TÉC. SENAC Rio de Janeiro, v. 33, n.1,
jan./abr. 2007. P. 42 a 63. Disponível em:
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