Curso:
Pedagogia
ead
Aluna(s):
Denise Coelho
Maria de Fátima
Maria Rosa Oliveira de Jesus
Nádia Cristina de Oliveira Xavier
Disciplina: Educação, Cidadania E Meio
Ambiente
Professora: Dulce
Maria Pereira
Tutora presencial: Luzia Cristina Martins
Tutora
a distancia: Valéria de Araujo
BASES
FILOSÓFICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: principais filósofos e linha do tempo
Introdução
O presente
trabalho elaborado coletivamente se refere às principais ideias de filósofos que
alicerçaram a origem da educação ambiental. São sintetizadas as fundamentais
ideias de xxxxxxxxxxxxxxx
Em anexo segue
uma linha do tempo acerca da evolução da Educação Ambiental no Brasil e os
fatores que mais influenciaram as decisões a esta educação inerentes.
De
acordo com Carvalho e Sampaio (s/d) a 1961, escreve para a revista The
New Yorker sobre o processo de Adolf Eichmann, responsável pelo genocídio dos
judeus. Assim, publicou “Eichmann em Jerusalém. Relato sobre a banalidade do
mal”, uma das obras a
respeito do totalitarismo. Em “O conceito de história, antigo e
moderno”, artigo da filósofa que trata “as diferenças entre o conceito de
história e natureza entre os antigos” (p.189), em que na época moderna a physis
compreende “todas as coisas que vêm a existir por si mesmas, sem assistência
dos humanos [...] pode-se dizer que o pensamento grego quer saber como as
coisas vieram a existir, mas não duvida de sua existência.” (p.190) A palavra
vida é nomeada em diversos sentidos: Zoe (não é a vida do sujeito político, mas
apenas a vida reprodutiva) e Biose (designa a forma ou maneira de viver própria
de um grupo). Afirma-se que nesse período a História é apresentada como uma
ligação entre a imortalidade da physis e a mortalidade do humano, um exemplo
simbólico é o do poeta e historiador Heródoto e também Homero, na Odisseia.
Para Arendt a relação entre physis, existência humana e história, na
modernidade se transforma. Do período da antiguidade grega clássica, para o
mundo romano e cristão aparece o conceito de natura, conceito moderno de
natureza que advém da concepção de natureza da civilização romano-cristão. Está
submetida às leis que lhe impõem uma regularidade desde o exterior, consistindo
nas ‘leis da natureza’(reguladas por uma ordem divina que está fora do mundo)
que é o Deus Criador e Senhor da natureza. Na modernidade a relação com a
natureza é marcada pela dúvida cartesiana. A ciência moderna é motivada pelo
Experimento (uma pergunta formulada à natureza). Do ponto de vista histórico a
mudança foi aperfeiçoada à natureza e procedendo na “noção de ‘evolução’ do
mundo natural” (p. 192) é destacado que todas estas transformações
acondicionaria no desenvolvimento da tecnologia, na contemporaneidade, a
natureza de certa maneira, participa do destino imprevisível e irreversível da
ação humana no mundo. Para a compreensão crítica da sociedade contemporânea Arendt
contribui com sua reflexão acerca da Ação humana. “em contraposição ao
paradigma antigo grego, a sociedade moderna está marcada pela diluição das
fronteiras entre os domínios do público e do privado e o declínio da esfera
pública – o lugar do político e da Ação humana por excelência.” (p.192) Hannah
Arendt acredita ser a Ação a expressão mais sublime da condição humana. A
capacidade do indivíduo de Agir, em meio à diversidade de ideias e posições alicerça
a convivência democrática e do exercício da cidadania. “O Agir humano é o campo
próprio da educação, enquanto prática social e política que pretende
transformar a realidade.” (p.193).
pensadora Hannah Arendt (1906-1975) dedicou-se à filosofia política, especialmente
as questões referentes à violência, ao totalitarismo e às condições para a
democracia. Nasceu na Alemanha. Depois
de casar-se com Heinrich Bluncher, foge da perseguição nazista para a França e em
seguida se instala em Nova York, onde em
São
abordadas as revoluções como peculiares a Era Moderna. Arendt aponta que se o
homem é um ser político, durante as guerras e revoluções o poder de discurso é
extinto. A violência incapacita a suscitação do discurso; assim, ela ressalta
que a teoria política pouco diria sobre a questão da violência. A justificativa
da violência é antipolítica. “o domínio da política não ocorre,
necessariamente, em todos os lugares ou eventos onde os homens vivem juntos,
isto é, nem todas as ações humanas são políticas.” (p.194) A noção de que todos
os homens nascem iguais, e que são questões políticas e sociais que os
diferenciam são aspectos considerados na era moderna. Segundo Hannah Arendt “a
diferença entre o conceito de igualdade do mundo antigo [...] e nossa noção
atual de que todos os homens são iguais – e a desigualdade é socialmente
construída – deve ser sempre enfatizada.” (p. 195) O pluralismo político foi
bastante considerado por Hannah Arendt, conforme ela a igualdade política e a
liberdade se manifestariam fluentemente entre as pessoas, com tolerância e
respeito às diferenças. Ela ressalta que os revolucionários tiveram que ceder
ao fluxo irresistível e violento das revoluções para constituir a liberdade, o
que na era moderna tornara uma necessidade.
ANEXO
LINHA DO TEMPO: Histórico da Educação
ambiental
↔ A
|
B
|
C
|
D
|
E
|
F
|
G
|
H
|
I
|
J
|
K
|
L ↔
|
Déc.
60 a 70/
|
1970
|
1977
|
Déc. 1987
|
Meados
Déc. 1980
|
Consti-
tuição
Federal: 1988
|
*Lei Nº 9795
**1999
|
20/12/1996
LDB
|
1997: Brasil
Inicio: Políticas Públicas
|
2001 a 2004
|
*2002
**2004
|
Hoje
|
SIGLAS: EA= Educação Ambiental; Dec.=Década.
A = Revolução
Industrial/ empresa neocolonial, as guerras, as explosões nucleares no Japão.
Prevalecimento de sinais de crise sócio ambiental. O paradigma da
globalização é excludente. Aflora a necessidade de
implantação de uma Educação Ambiental (EA), com temáticas envolvendo poluição e
miséria, subnutrição, ausência de água potável no espaço urbano, falta de
saneamento básico, tratamento adequado do lixo, crescimento da violência, diversidades
étnicas e culturais nas regiões e a verdadeira relação entre os países
desenvolvidos com os países subdesenvolvidos, entre outros fatores. (OLIVEIRA, 2011, p,01).
B= Discussão
do tema EA em termos globais.
C **Conferência
Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi,
que foi promovida no Município da Geórgia (ex União Soviética), em outubro de
1977. Sua organização ocorreu a partir de uma parceria entre a UNESCO e o então
ainda recente Programa de Meio Ambiente da ONU (PNUMA). Nesse encontro foram
formulados objetivos, definições, princípios e estratégias para a Educação
Ambiental que até hoje são adotados em todo o mundo.
D= necessidade de implantação da EA
E- Produções nacionais relativas à EA, tais como os ensaios, os artigos; os trabalhos, etc.
As
diretrizes contidas na lei 9795 de 27.04.99, que estabelece a Política Nacional
de Educação Ambiental PNEA (diretrizes consideradas obrigatórias para os
sistemas pedagógicos formais e não formais). (MINISTERIO
DA EDUCAÇÃO, p. 02)
F =A LDB
trata da Educação Ambiental intrincada a cidadania em outros artigos. O art 35
assevera que o ensino médio etapa final da educação básica terá como finalidade
[...] o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico
[...] Também o artigo 36 [...] prevê, em seu parágrafo 1º que os currículos a
que se refere o caput devem abranger obrigatoriamente o conhecimento de mundo
físico e natural da realidade social e política, especialmente no Brasil.
(MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, p. 02)
G*=
A
Lei Nº 9795 de 27 de Abril de 1999, dispõe sobre a Educação Ambiental,
constitui a Política Nacional de E A [...] Art. 1º Entendem-se por E A os
processos por meio dos quais o individuo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competência voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 4º São princípios básicos da
Educação Ambiental: Enfoque humanístico, holístico, democrático e
participativo; Concepção de Meio Ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o
enfoque da sustentabilidade; O pluralismo de ideias e concepções pedagógicas,
na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; A vinculação entre a
ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; A garantia de continuidade
e permanência do processo educativo; A abordagem articulada das questões
ambientais locais, regionais, nacionais e globais; O reconhecimento e o
respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
G**BRASIL/
1999: Compromissos internacionalmente assumidos
H:
Conferencia das nações unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento Rio 92.
Documento elaborado enfatiza o caráter critico e emancipatório da EA, enquanto instrumento de transformação social.
Implementação pela UNESCO da Década da Educação para o desenvolvimento
Sustentável (2004 a 2014).
I*=
Inicio das políticas públicas no Brasil, com iniciativas do
Ministério da Educação voltadas à Educação Ambiental: os Parâmetros
Curriculares Nacionais (1997) incluem, entre as dimensões transversais, o meio
ambiente; (ii) os Parâmetros em Ação-Meio Ambiente na Escola e o
Programa de Formação Continuada de Professores, implementado em 1999; (iii) a
inclusão da Educação Ambiental no Censo Escolar, em 2001; (iv) a
realização da I e II Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente,
desenvolvidas em 2003 e 2006 pelo Órgão Gestor da Política Nacional de Educação
Ambiental; e (v) a formação continuada de professores em Educação
Ambiental, no âmbito do programa denominado Vamos Cuidar do Brasil com as
Escolas 4. (MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, p. 04).
I**Tratado
de EA para sociedades sustentáveis e
responsabilidade global. Debate Elaboração de Diretrizes Curriculares Nacionais
p/ EA
J=
Crescimento da Educação Ambiental nos estabelecimentos de ensino aparece na
análise dos dados do Censo Escolar 5 desenvolvida pela SECAD e o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), de 2001 a
2004. Os dados nos quadros abaixo apontam para a universalização da Educação
Ambiental nos sistemas de ensino.
K*=A
Política Nacional de Educação Ambiental PNEA foi regulamentada pelo Decreto nº
4281 de 25-06-2002. O Brasil, juntamente com outros países
da América Latina e do Caribe, assumiu compromissos internacionais com a
implementação do Programa Latino-americano e Caribenho de Educação Ambiental –
PLACEA e do Plano Andino-amazônico de Comunicação e Educação Ambiental –
PANACEA, que incluem os Ministérios do Meio Ambiente e de Educação dos países.
K**= Pro NEA:
a terceira versão foi submetido a um processo de consulta pública EA. Documento, sintonizado com o Tratado de
Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis e Responsabilidade Global, apresenta as diretrizes, os princípios
e a missão que orientam as ações do Programa Nacional de Educação Ambiental –
ProNEA, a delimitação de seus objetivos, suas linhas de ação e sua estrutura
organizacional. [...] resultado de processo de Consulta Pública, realizado em
setembro e outubro de 2004, que envolveu mais de 800 educadores ambientais
[...] Programa Nacional de Educação Ambiental e que se constitui ao mesmo
tempo, num processo de apropriação do ProNEA pela sociedade. (BRASILIA, 2005)
REFERENCIAS
CARVALHO,
Isabel Cristina de Moura, GRÜN, Mauro e TRAJBER, Rachel. Pensar o Ambiente: bases filosóficas para a
Educação Ambiental. (org)Ministério da Educação. 1 ed. Brasília. 2006.
Disponível em: http://www.moodle.ufop.br/file.php/8382/videos/Vol_26ed1opensar.pdf
CARVALHO
Isabel Cristina de Moura. SAMPAIO Gabriela. Hannah Arendt: natureza, história e ação humana. p. 189 a 201.
GRÜN Mauro. A
Outridade da Natureza na Educação Ambiental.
GUIMARAES
,Mauro. Educação ambiental: no consenso
um embate?Campinas, são Paulo. Papirus. 2000. Coleção Papirus Educação.
MINISTERIO
DA EDUCAÇÃO. CGEA/SECAD/MEC. Órgão
Gestor da Política Nacional de Gestão Ambiental Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao13.pdf
OLIVEIRA, Aline de Sousa. Reflexões sobre
a educação ambiental: sua contribuição na formação de cidadãos conscientes.
Em: Educação Ambiental em Ação; No. 37 - 30/08/2011. Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1080&class=02
PROGRAMA
NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Programa
nacional de educação ambiental - ProNEA / Ministério do Meio Ambiente. Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/pronea3.pdf
Educação. Coordenação Geral de Educação Ambiental.
- 3. ed - Brasília : Ministério do Meio Ambiente, 2005.
102p.: il. 21 cm
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