Ensino Fundamental- anos iniciais

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

BASES FILOSÓFICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: principais filósofos e linha do tempo


Curso: Pedagogia ead
Aluna(s): Denise Coelho
               Maria de Fátima
               Maria Rosa Oliveira de Jesus
                Nádia Cristina de Oliveira Xavier 

Disciplina: Educação, Cidadania E Meio Ambiente

Professora: Dulce Maria Pereira
Tutora presencial:  Luzia Cristina Martins
Tutora a distancia: Valéria de Araujo

BASES FILOSÓFICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: principais filósofos e linha do tempo

Introdução
O presente trabalho elaborado coletivamente se refere às principais ideias de filósofos que alicerçaram a origem da educação ambiental. São sintetizadas as fundamentais ideias de xxxxxxxxxxxxxxx
Em anexo segue uma linha do tempo acerca da evolução da Educação Ambiental no Brasil e os fatores que mais influenciaram as decisões a esta educação inerentes.

De acordo com Carvalho e Sampaio (s/d) a06- pensadora Hannah Arendt (1906-1975) dedicou-se à filosofia política, especialmente as questões referentes à violência, ao totalitarismo e às condições para a democracia. Nasceu na Alemanha.  Depois de casar-se com Heinrich Bluncher, foge da perseguição nazista para a França e em seguida se instala em Nova York, onde em  1961, escreve para a revista The New Yorker sobre o processo de Adolf Eichmann, responsável pelo genocídio dos judeus. Assim, publicou “Eichmann em Jerusalém. Relato sobre a banalidade do mal”, uma das obras a respeito do totalitarismo. Em “O conceito de história, antigo e moderno”, artigo da filósofa que trata “as diferenças entre o conceito de história e natureza entre os antigos” (p.189), em que na época moderna a physis compreende “todas as coisas que vêm a existir por si mesmas, sem assistência dos humanos [...] pode-se dizer que o pensamento grego quer saber como as coisas vieram a existir, mas não duvida de sua existência.” (p.190) A palavra vida é nomeada em diversos sentidos: Zoe (não é a vida do sujeito político, mas apenas a vida reprodutiva) e Biose (designa a forma ou maneira de viver própria de um grupo). Afirma-se que nesse período a História é apresentada como uma ligação entre a imortalidade da physis e a mortalidade do humano, um exemplo simbólico é o do poeta e historiador Heródoto e também Homero, na Odisseia. Para Arendt a relação entre physis, existência humana e história, na modernidade se transforma. Do período da antiguidade grega clássica, para o mundo romano e cristão aparece o conceito de natura, conceito moderno de natureza que advém da concepção de natureza da civilização romano-cristão. Está submetida às leis que lhe impõem uma regularidade desde o exterior, consistindo nas ‘leis da natureza’(reguladas por uma ordem divina que está fora do mundo) que é o Deus Criador e Senhor da natureza. Na modernidade a relação com a natureza é marcada pela dúvida cartesiana. A ciência moderna é motivada pelo Experimento (uma pergunta formulada à natureza). Do ponto de vista histórico a mudança foi aperfeiçoada à natureza e procedendo na “noção de ‘evolução’ do mundo natural” (p. 192) é destacado que todas estas transformações acondicionaria no desenvolvimento da tecnologia, na contemporaneidade, a natureza de certa maneira, participa do destino imprevisível e irreversível da ação humana no mundo. Para a compreensão crítica da sociedade contemporânea Arendt contribui com sua reflexão acerca da Ação humana. “em contraposição ao paradigma antigo grego, a sociedade moderna está marcada pela diluição das fronteiras entre os domínios do público e do privado e o declínio da esfera pública – o lugar do político e da Ação humana por excelência.” (p.192) Hannah Arendt acredita ser a Ação a expressão mais sublime da condição humana. A capacidade do indivíduo de Agir, em meio à diversidade de ideias e posições alicerça a convivência democrática e do exercício da cidadania. “O Agir humano é o campo próprio da educação, enquanto prática social e política que pretende transformar a realidade.” (p.193).
São abordadas as revoluções como peculiares a Era Moderna. Arendt aponta que se o homem é um ser político, durante as guerras e revoluções o poder de discurso é extinto. A violência incapacita a suscitação do discurso; assim, ela ressalta que a teoria política pouco diria sobre a questão da violência. A justificativa da violência é antipolítica. “o domínio da política não ocorre, necessariamente, em todos os lugares ou eventos onde os homens vivem juntos, isto é, nem todas as ações humanas são políticas.” (p.194) A noção de que todos os homens nascem iguais, e que são questões políticas e sociais que os diferenciam são aspectos considerados na era moderna. Segundo Hannah Arendt “a diferença entre o conceito de igualdade do mundo antigo [...] e nossa noção atual de que todos os homens são iguais – e a desigualdade é socialmente construída – deve ser sempre enfatizada.” (p. 195) O pluralismo político foi bastante considerado por Hannah Arendt, conforme ela a igualdade política e a liberdade se manifestariam fluentemente entre as pessoas, com tolerância e respeito às diferenças. Ela ressalta que os revolucionários tiveram que ceder ao fluxo irresistível e violento das revoluções para constituir a liberdade, o que na era moderna tornara uma necessidade.

ANEXO




LINHA DO TEMPO: Histórico da Educação ambiental
↔  A


B


C


D


E


F


G


H


I


J


K

L      ↔

Déc.  60 a 70/

1970
1977

Déc. 1987
Meados
Déc. 1980



Consti-
tuição
Federal: 1988

*Lei Nº 9795
**1999

20/12/1996
LDB
1997: Brasil
Inicio: Políticas Públicas

2001 a 2004
*2002
**2004

    Hoje

SIGLAS: EA= Educação Ambiental; Dec.=Década.
A = Revolução Industrial/ empresa neocolonial, as guerras, as explosões nucleares no Japão. Prevalecimento de sinais de crise sócio ambiental. O paradigma da globalização é excludente. Aflora a necessidade de implantação de uma Educação Ambiental (EA), com temáticas envolvendo poluição e miséria, subnutrição, ausência de água potável no espaço urbano, falta de saneamento básico, tratamento adequado do lixo, crescimento da violência, diversidades étnicas e culturais nas regiões e a verdadeira relação entre os países desenvolvidos com os países subdesenvolvidos, entre outros fatores. (OLIVEIRA, 2011, p,01).
B= Discussão do tema EA em termos globais. 
C **Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi, que foi promovida no Município da Geórgia (ex União Soviética), em outubro de 1977. Sua organização ocorreu a partir de uma parceria entre a UNESCO e o então ainda recente Programa de Meio Ambiente da ONU (PNUMA). Nesse encontro foram formulados objetivos, definições, princípios e estratégias para a Educação Ambiental que até hoje são adotados em todo o mundo.
D= necessidade de implantação da EA
E- Produções nacionais relativas à EA, tais como os ensaios, os artigos; os trabalhos, etc. As diretrizes contidas na lei 9795 de 27.04.99, que estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental PNEA (diretrizes consideradas obrigatórias para os sistemas pedagógicos formais e não formais). (MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, p. 02)
F =A LDB trata da Educação Ambiental intrincada a cidadania em outros artigos. O art 35 assevera que o ensino médio etapa final da educação básica terá como finalidade [...] o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico [...] Também o artigo 36 [...] prevê, em seu parágrafo 1º que os currículos a que se refere o caput devem abranger obrigatoriamente o conhecimento de mundo físico e natural da realidade social e política, especialmente no Brasil. (MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, p. 02)
G*= A Lei Nº 9795 de 27 de Abril de 1999, dispõe sobre a Educação Ambiental, constitui a Política Nacional de E A [...] Art. 1º Entendem-se por E A os processos por meio dos quais o individuo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competência voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 4º São princípios básicos da Educação Ambiental: Enfoque humanístico, holístico, democrático e participativo; Concepção de Meio Ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; O pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; A garantia de continuidade e permanência do processo educativo; A abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
G**BRASIL/ 1999: Compromissos internacionalmente assumidos
H: Conferencia das nações unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento Rio 92. Documento elaborado enfatiza o caráter critico e emancipatório da EA, enquanto instrumento de transformação social. Implementação pela UNESCO da Década da Educação para o desenvolvimento Sustentável (2004 a 2014).
I*= Inicio das políticas públicas no Brasil, com iniciativas do Ministério da Educação voltadas à Educação Ambiental: os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) incluem, entre as dimensões transversais, o meio ambiente; (ii) os Parâmetros em Ação-Meio Ambiente na Escola e o Programa de Formação Continuada de Professores, implementado em 1999; (iii) a inclusão da Educação Ambiental no Censo Escolar, em 2001; (iv) a realização da I e II Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, desenvolvidas em 2003 e 2006 pelo Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental; e (v) a formação continuada de professores em Educação Ambiental, no âmbito do programa denominado Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas 4. (MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, p. 04).
I**Tratado de EA para sociedades sustentáveis e responsabilidade global. Debate Elaboração de Diretrizes Curriculares Nacionais p/ EA
J= Crescimento da Educação Ambiental nos estabelecimentos de ensino aparece na análise dos dados do Censo Escolar 5 desenvolvida pela SECAD e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), de 2001 a 2004. Os dados nos quadros abaixo apontam para a universalização da Educação Ambiental nos sistemas de ensino.
K*=A Política Nacional de Educação Ambiental PNEA foi regulamentada pelo Decreto nº 4281 de 25-06-2002. O Brasil, juntamente com outros países da América Latina e do Caribe, assumiu compromissos internacionais com a implementação do Programa Latino-americano e Caribenho de Educação Ambiental – PLACEA e do Plano Andino-amazônico de Comunicação e Educação Ambiental – PANACEA, que incluem os Ministérios do Meio Ambiente e de Educação dos países.
K**= Pro NEA: a terceira versão foi submetido a um processo de consulta pública EA. Documento, sintonizado com o Tratado de Educação Ambiental para  Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, apresenta as diretrizes, os princípios e a missão que orientam as ações do Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA, a delimitação de seus objetivos, suas linhas de ação e sua estrutura organizacional. [...] resultado de processo de Consulta Pública, realizado em setembro e outubro de 2004, que envolveu mais de 800 educadores ambientais [...] Programa Nacional de Educação Ambiental e que se constitui ao mesmo tempo, num processo de apropriação do ProNEA pela sociedade. (BRASILIA, 2005)





REFERENCIAS
CARVALHO, Isabel Cristina de Moura, GRÜN, Mauro e TRAJBER, Rachel. Pensar o Ambiente: bases filosóficas para a Educação Ambiental. (org)Ministério da Educação. 1 ed. Brasília. 2006. Disponível em: http://www.moodle.ufop.br/file.php/8382/videos/Vol_26ed1opensar.pdf
CARVALHO Isabel Cristina de Moura. SAMPAIO Gabriela. Hannah Arendt: natureza, história e ação humana. p. 189 a 201.
GRÜN Mauro. A Outridade da Natureza na Educação Ambiental.
GUIMARAES ,Mauro. Educação ambiental: no consenso um embate?Campinas, são Paulo. Papirus. 2000. Coleção Papirus Educação.
MINISTERIO DA EDUCAÇÃO. CGEA/SECAD/MEC. Órgão Gestor da Política Nacional de Gestão Ambiental Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao13.pdf
OLIVEIRA, Aline de Sousa. Reflexões sobre a educação ambiental: sua contribuição na formação de cidadãos conscientes. Em: Educação Ambiental em Ação; No. 37 - 30/08/2011. Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1080&class=02
PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Programa nacional de educação ambiental - ProNEA / Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/pronea3.pdf

Educação. Coordenação Geral de Educação Ambiental. - 3. ed - Brasília : Ministério do Meio Ambiente, 2005.
102p.: il. 21 cm






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